Destaque

14 de maio de 2011

Ascensão social reduz evangélicos, diz líder da CNBB

MATHEUS MAGENTA
ENVIADO ESPECIAL A APARECIDA (SP)


O novo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Raymundo Damasceno Assis, disse ontem que a ascensão social de quase 30 milhões de pessoas nos últimos anos as tornou mais "críticas".

Por conta disso, disse, a presença evangélica na população do país teria caído.
"Elas começam a ler mais, a estudar mais, e por isso são mais críticas em relação a muitas posturas hoje na sociedade", afirmou, após o encerramento da 49ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP).

D. Raymundo Damasceno Assis não soube precisar a fonte das informações, mas afirmou que a nova classe média, ao mesmo tempo em que se afastou das igrejas evangélicas, se aproximou da Igreja Católica.
Segundo o Datafolha, a população católica perdeu fieis na última década, enquanto a população evangélica cresceu.

Ontem, ao tomar posse como presidente da CNBB pelos próximos quatro anos, ele assumiu como principal desafio fortalecer o papel missionário da Igreja Católica no país.

D. Raymundo Damasceno Assis disse que as paróquias precisam sair do "comodismo" e buscar fieis.
Atualmente, o principal alvo da Igreja Católica são os jovens. Uma das estratégias para conquistá-los é o uso da internet e das redes sociais, como defendeu o cardeal d. Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, em entrevista durante a assembleia.
Já d. Raymundo Damasceno aposta fichas também na escolha do Brasil para sediar a jornada mundial da juventude em 2013, que terá a presença do Papa Bento 16.

CONCILIADOR
Segundo bispos ouvidos pela reportagem, a escolha de d. Raymundo Dasmasceno como presidente da CNBB se deu principalmente por seu perfil conciliador.

Questionado pela Folha sobre o governo Dilma Rousseff, ele afirmou que avalia positivamente a gestão dela e a caracterizou como uma pessoa "discreta", que só aparece "nos momentos mais importantes".
"São personalidades diferentes", disse, ao ser questionado se a afirmação era uma crítica ao ex-presidente Lula.

O presidente da CNBB não quis comentar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que equiparou a união civil homoafetiva à heterossexual, na semana passada.

D. Raymundo Damasceno Assis afirmou que sua opinião era a mesma que a explicitada pela CNBB em nota. A entidade disse que o Supremo ultrapassou "os limites de sua competência" e que a decisão cabia ao Congresso.


Fonte: Folha. Uol


Comentários:

Ainda bem que  a própria reportagem desmentiu o D. Raymundo Damasceno Assis, que afirma sem fontes,  sem prova que a população dos evangélicos esta caindo, em contra partida, a dos católicos está crescendo. Pelo contrário, a população evangélica a cada dia cresce mais.

Infelizmente ao meu ver isto é  uma estratégia egoísta da CBB,  para reverter as perdas anuais de fieis que migram para as Igrejas Evangélicas. Creio que um cristão nascido de novo, não ira voltar para uma denominação que adora imagem e não prega a palavra na sua totalidade.